segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

e tudo o vento levou....





três desejos para 2009




eu bem sei que são difíceis de satisfazer mas já que estamos numa tradicional quadra de optimismo e a crise aguça a consciência, confesso os meus três desejos para 2009 (que bem ajudariam a superar a crise)...


No topo da lista desejo que Sócrates perca a maioria absoluta.


Não o desejo por ser um capricho pessoal ou um oportunismo de uma direita que 'perdeu a sua referência ideológica' como agora, oportunisticamente, dizem alguns, mas uma necessidade. uma necessidade para que a democracia e a vida em Portugal (nascer, aprender, trabalhar, ter família, educar os filhos, criar, inovar, morrer) continuem a fazer sentido nos próximos 4 anos. parece exagero mas não é. e até parece que estou a elevar (no sentido matemático do termo) José Pinto de Sousa ou o próprio PS a besta do apocalipse ou a bode expiatório. não é isso. é uma questão de contas. é que 4 anos é muito tempo. muito tempo útil. façam as vossas contas pessoais.... uns casarão, outros tentarão comprar ou alugar casa, uns ter o primeiro filho, outros a mais nova entra na escola ou o mais velho sai da universidade, uns reformam-se e outros começam a trabalhar..., mais 4 anos com maioria absoluta?


desejo que Sócrates perca a maioria absoluta....porque governar com maioria absoluta não é para quem quer; é para quem pode e sabe, e Sócrates não sabe. e porque não sabe não pode.


Diz o povo que é sábio: 'queres conhecer o vilão, dá-lhe a vara para a mão'. e assim sucedeu.alguns de nós, deram-lhe a vara (não o A. Vara que salta de tacho em tacho, e onde põe a mão há prejuízo) mas a vara esperando um pastor (é legítimo esperar um pastor). mas o pastor, de gola alta e aspecto moderno, rapidamente esqueceu o ofício, e da oportunidade nasceu o déspota. quatro anos?....é muito, muito tempo de vida entregue, sem mais, a quem já mostrou que não sabe.


Por isso, sob pena da vida dos portugueses definhar até não mais se poder viver por cá (e para quem achar que estou a ser muito generalista - recorde as recentes novelas dos professores e da (ministra de) educação, do estado de doença avançada dos profissionais de saúde, dos doentes e da grande reforma da saúde que ninguém percebeu até hoje, da carga dos impostos sobre as familias, empresas e contribuintes em geral, da crise dos empregadores, empregados e desempregados honestos, da contraditória situação em que colocaram os reformados e os pensionistas, o desfuturo dos estudantes, recem-licenciados, licenciados, investigadores e das universidades, dos agricultores e da cultura, ou dos casos flagrantes de injustiça, de desregulação e de apatia estoica do governador do banco de portugal) é necessário reforçar os meios e diminuir as possibilidades de despotismo. meios de supervisão. de negociação. que obriguem a um diálogo que não seja mero expediente. No fundo desejo que se reforce a democracia.


É necessário apertar o cinto ao governo e à maioria. é necessário obrigar a consensos. porque os consensos comprometem. são a única forma de proibir que se assobie para o lado com ar sobranceiro. por isso desejo que Sócrates perca em 2009 a maioria absoluta.


A meio da tabela desejo para 2009 que...a Justiça funcione.


sim desejo um milagre. no fundo dois: que por milagre, sejam sentenciados e condenados em 2009 os que sem razão pública e desonestamente, durante os últimos 5, 10 ou mais anos, têm vivido à custa do dinheiro dos outros, com troca de favores, corrupção, abuso de poder, com a gestão dos interesses públicos em favor próprio. chega. e que também por milagre o povo tenha o discernimento necessário na altura certa. é tempo de apertar o cinto a quem usa e abusa do poder público. é altura de elevar (agora sim em sentido próprio) os níveis de exigência e recuperar o sentido de voto. chega. não precisamos disto nem destes. quando seremos nós a dizer «yes we can»? espero que 2009 seja assim também um ano de mudança.


Por último mas não o menor, desejo para 2009 que Oeiras tenha de novo o CDS representado nos seus órgãos municipais. desejo que Oeiras recupere o seu direito de exigir do CDS voz. que oeiras reclame do cds propostas. que Oeiras atribua ao CDS responsabilidades para dele exigir. desejo esforço para o CDS em 2009 e para os próximos 4 anos . muito mais que em 2005 ou em 2013.
pedro costa jorge

um presente de Natal...para obrigar a pensar

Numa altura em que nos enfartamos de açucar e de coisa nenhuma
e numa altura em que o Homem eleva o homem ao invisível

vale a pena um presente que nos obrigue a pensar...

«Ao princípio não “era” o Estado mas o Homem – “era” o Homem, o espírito e o barro... É esta uma verdade em função da qual será o Estado a ter de se humanizar – não o Homem quem tem de se estadualizar...Se assim for, a questão política número um – constitucional, por excelência – não é a de saber – qual deve ser o Estado? – mas esta outra – Que homem e que tipo e formas exteriores de humanidade queremos e podemos exprimir e realizar através da ordem política?A questão do Estado não poderá ficar por responder mas tornar-se-á dependente. Consistirá tão-só em apurar – Qual o Estado que permite a esse homem sê-lo, o mais completamente que é possível?a) Zarpar deste porto e com este rumo é a primeira condição para sair da galáxia do sub-desenvolvimento político.Reina nesse mundo sediço uma crença apriorística no Estado – ora como sujeito, ora como objecto – sempre transcendente, tornando-se, em qualquer dos casos, causa virtual de idolatria ou, no reverso, de inumanidade.As raízes da crença aludida podem, de facto, ter duas origens: em primeiro lugar, a contemplação do Estado como uma pessoa ideal, que só se avista ao longe, qual alma penada terrificante, mas que ao perto é apenas o vácuo “embalsamado” em formas jurídicas – concepção idealista (liberal); em segundo lugar, a consideração do Estado como um objecto real, não só objectivo, como posto até contra as pessoas, produzido como detrito das convulsões dialécticas de uma História, por sua vez também, integristicamente objectiva – concepção materialista (anti-liberal).Quer a primeira sereia, quer o segundo oráculo, têm de “providencializar” o Estado e reclamar, a “ferro e fogo”, a sua “soberania” – de pessoa jurídica, num caso, ou de facto material no outro, a ideia suprema ou o destino irrecorrível, respectivamente. Fundamento e predestinação de Estados basicamente voltados para a luta, a conquista ou a guerra – de defesa ou de agressão – essas teorias comportam, tanto quanto alimentam, um enorme potencial de poder absoluto.Pôr a soberania como o axioma político da Constituição é, implicitamente, pôr a sujeição do homem antes da auto-determinação do homem – ou considerar a liberdade apenas uma excepção à obediência. Em qualquer dos casos, se a soberania prudentemente mantida de reserva, se torna possessa ou renitente, o mais que nesse contexto se poderia locubrar seria o exorcismo dos velhos “demónios” para aplanar a descida de novos “anjos”... igualmente soberanos... renovando a perpetuação do erro.Para qualquer das “ideologias” aludidas – negativo e positivo de uma mesma cultura – o Homem é como um retardatário, encontrado contra vontade, de vez em quando e à última hora, isto é – apenas como limite do Estado. O máximo de esforço que essas propostas são capazes de fazer pelo Homem é uma esmola: pedir ao Estado que consinta em ser melhor na “sua” moral (mais humano) ou menor na “sua” extensão (menos desumano).b) A alternativa que se opõe e supera tais “visões” políticas pressupõe uma “viragem copernicana” na consideração da ordem política. Isto é: a instituição do Homem como centro de gravitação política, reservando aos reais factores constitutivos do Humano a precedência que as culturas políticas “conservadoras” reservavam ao Estado e à sua Constituição.Se se quiser acabar com o medo como problema político, é pelo Homem e não pelo Estado que tem de se começar. O medo é, de facto, o peso e a sombra de um ente estranho e sobre-humano que nos ladeia e espreita desde a nascença. Ora a verdade é que o Estado só existe depois de pensado, só depois de nós. (...)» (Francisco Lucas Pires "Uma Constituição para Portugal", Coimbra, 1975, p.4-5)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

VOTOS DE UM SANTO NATAL


O CDS de Oeiras deseja a todos os militantes, simpatizantes e oeirenses, um Santo e Feliz Natal.


Isabel Sande e Castro

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

5 Delegados Eleitos por Oeiras ao XXIII CONGRESSO

No passado dia 13 de Dezembro de 2008, o plenário de militantes do CDS-Oeiras elegeu 5 delegados ao XXIII Congresso Nacional do Partido, que se vai realizar nas Caldas da Rainha nos dias 17 e 18 de Janeiro de 2009.

Assim, a voz do CDS Oeiras soma 6 representantes num congresso que se quer de valores, ideias e projectos para Portugal.

Conheça os nossos delegados:

Delegados Eleitos:

1. Manuel Oliveira Grilo;
2. Elisabete Santos Mota;
3. José Oliveira Martins;
4. Francisco Pinto Machado
5. Pedro Costa Jorge;

Delegado por inerência de funções:

1. Isabel Sande e Castro.

CDS/PP eleições directas

Veja aqui as declarações do Presidente do Partido reeleito.

Eleições

O Dr. Paulo Portas foi reeleito Presidente com 95% dos votos.